segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Bom, já que o Varlei intimou alguém a vim postar aqui, eu vim ! Pois queria a oportunidade de falar como foi o núcleo de ferias pra mim.
Confesso que não gostei de acordar todos os dias cedo e ainda mais nas férias e nem de cara gostei muito de juntar o núcleo 2 e o 3. Mas, quando descobrimos o tema, parece que tudo começou a valer a pena e que a convivência ,apesar dos apesares, melhorou. Jamais imaginei que teria o resultado que teve pelo pouco tempo que tivemos, foi ótimo ver como todo mundo se identificou com as cenas que nós criamos.
Eu agradeço de verdade a todo mundo que ajudou esse exercício cênico a ficar como ficou.
Agradeço também por ter tido a oportunidade de fazer o meu primeiro figurino.
E nessas férias aprendi que é possível conviver com as diferenças . Algumas meninas realmente me surpreenderam, me falando palavras de carinho que talvez jamais alguém falaria pra mim. Sou muito grata as 17 meninas que passaram todo esse mês de julho comigo e por aguentarem minha chatisse HUSAHUHSA
E Varlei, obrigada mais um vez pela oportunidade !
E se eu pudesse definir esse processo, diria que foi mágico.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

UM POUCO ANTES DO TOPO

                                                              
                Após longa viagem, poucos foram os que restaram. Muitos ficaram pelo caminho, seja por medo do tapete voador, por não suportar a tempestade e pelo esforço imposto pela escalada. Havia, porém, um grupo de viajantes que, embora exaustos física e mentalmente, seguiam ansiosos por atingir o pico.
                O topo da montanha já estava visível e, embora quisessem muito se aproximar de lá, muitos de paralisavam por medo do desconhecido. Todos estavam juntos, contudo, e se chegaram até ali, atingiriam o topo de uma forma ou de outra. E chegariam todos juntos, já que foi desta forma que chegaram até ali.
                O Ancião resolveu falar. Há muito havia se calado e quando quebrou o silêncio o espanto tomou conta de todos.
                “Embora estejam com medo, e a primeira visão do pico pode parecer assustadora, lembrem-se de tudo o que passaram para chegar aqui. Tudo foi uma preparação para a melhor das sensações. E a surpresa maior virá quando olharem para trás. Despeço-me aqui de vocês. Fiz tudo o que eu podia e agora a alegria da vitória é algo que deve ser compartilhado com os amigos. Saibam apenas nunca mais serão os mesmos. A escalada não chegou ao fim. Mas daqui para frente, vocês seguem sozinhos; ou melhor, sem mim, já que a partir de agora, possuem uns aos outros...”
                Dito isto, como num passe de mágica o ancião desapareceu. O medo tomou conta do coração dos viajantes, que buscaram auxílio nas mãos de seus colegas. Respiraram fundo e seguiram o curso da subida, que já não era sofrimento. Havia, vez por outra, um ou outro tropeço de um companheiro, que era generosamente amparado pelo amigo do lado. Até que, quase sem perceber, o alto da montanha já estava sob seus pés.
                Imensidão era só o que viam. O mundo todo: terra, céu, mares, tudo podia ser visto. Mais do que isto, tudo parecia possível de se realizar a partir de agora. O que mais não poderiam realizar se chegaram até ali com seu próprio esforço? Perceberam que o impossível era apenas uma desculpa para não se tentar. E prometeram uns aos outros, ali, no topo do mundo, com toda a alegria que aquele momento lhes trazia, que sempre buscariam o impossível. E não menos do que aquilo.
                A tarde vinha caindo e o sol se pondo. Era o momento de retornar. Já esfriava e muitos se questionavam como voltariam para casa, já que estavam sozinhos. E foi neste instante que um dos heróis que ali estava olhou para trás, por sobre seus ombros e percebeu que tinha algo em suas costas, e nas costas dos outros também. Misteriosamente, belos pares de asas haviam nascido em suas costas. Agora podiam voar. E já sabiam como voltar para casa. 


              

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Nova Geração de atores inicia trajetória no Grupo Brinquedo Torto



                O Grupo Brinquedo Torto, grupo de teatro formado por adolescentes do Colégio Central Casa Branca, de Santo André, estréia seu novo exercício cênico, que também marcará a estréia de um novo elenco, responsável por manter a tradição de bons trabalhos. Este espetáculo marca o início público do processo de renovação iniciado em Junho de 2011.
                Após a apresentação de “Um Certo Príncipe – Um Hamlet Itinerante” no Festival Estudantil de Belo Horizonte (FETO) 2010, o antigo elenco teve de ser desfeito, haja vista que os integrantes entravam em momento de transição entre adolescência e fase adulta. Alguns desses jovens conseguiram conciliar suas atividades e hoje fazem parte de um núcleo sênior, que desenvolve pesquisa autônoma, além de orientar e servir de exemplo aos novos atores.
                O processo de renovação passou pela criação de núcleos distintos, um “Encontrão” com integrantes antigos e a criação de um Núcleo de Férias, que montou o espetáculo “Ai, amor! Fragmentos Ridículoamorosos”, que estréia dia 05 de Agosto. O espetáculo versa sobre o amor e seu lado ridículo, temática amplamente discutida na idade em que estão as dezoito integrantes deste núcleo. A visão ridícula do amor partiu da opção do diretor, Varlei Xavier, a fim de discutir os excessos cometidos na adolescência, idade em que se encontram todas as integrantes do Grupo.
                Divertido e despojado, construído através de improvisações, o espetáculo mostra o potencial do grupo, que muito tem a realizar nesta nova trajetória. Vôos mais altos já estão sendo planejados. Novos espetáculos dos núcleos 2 e 3, a participação na edição 2011 do FETO, saraus e acampamento com oficinas de aprofundamento durante as madrugadas estão programadas para o segundo semestre de 2011.